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A Revolução de Jasmin

O que eclodiu a Revolução foi um incidente ocorrido na Tunísia em dezembro de 2010, com o jovem Mohamed Bouazizi, que se recusou a pagar propina e teve seus produtos apreendidos, ele tinha como sustento de sua família a venda de frutas. Os protestos na Tunísia ficarão registrados como “A Revolução de Jasmin”.

 

No total, entre países que passaram e que ainda estão passando por suas revoluções, somam-se à Tunísia: Líbia, Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Síria, Jordânia e Omã.

Mesmo até hoje sendo a Tunísia a única a consolidar o processo de democratização, as manifestações marcam ainda mais nossa história.


A maior arma nessas manifestações foram as Mídias Sociais, sem elas nada disso seria possível.

Na Tunísia mais de 4,4 milhões de pessoas estão conectadas a internet, cerca de 41% de sua população. Entre novembro de 2010 e janeiro de 2011 o número de usuários do Facebook aumentou em 200 mil, um número bastante considerável, no mesmo período os tunisianos foram às ruas para exigir a queda do presidente Zine el Abidine Ben Ali, que estava no poder há 23 anos. 

Em 14 de janeiro,  dia em que Ben Ali renunciou e fugiu para a Arábia Saudita o Twitter teve seu pico de acessos por tunisianos.

De acordo com o relatório da Dubai School of Government, nove em cada dez tunisianos e egípcios afirmaram ter usado o Facebook para organizar os protestos e aumentar a participação da população nas manifestações.

Em todos os países o uso das Mídias Sociais estiveram presentes de maneira efetiva.  O número de usuários do Facebook no mundo árabe cresceu de 14,8 milhões para 27,7 milhões no período de um ano.

Entre as Hashtags usadas na Revolução destacam-se #Egypt utilizada 1,4 milhões de vezes e #jan25, data que marcou o inicio dos protestos no Egito e foi usada 1,2 milhões de vezes no Twitter.

Comunicadores ganharam super poderes durante a cobertura dos protestos.

“Estou livre. Além de baterem em mim, os ‘cachorros da CSF’ (Força de Segurança Central) me sujeitaram ao pior abuso sexual. Cinco ou seis me cercaram, apertaram meus seios, pegaram na minha área genital e eu perdi a conta de quantas mãos tentaram entrar nas minhas calças. Eles são cachorros e seus chefes são cachorros. F******, polícia egípcia”.

Esse é um Tweet da jornalista Egípcia Mona Eltahawy no dia 24 de novembro de 2010, após ter sido detida na Praça Tahrir no centro de Cairo, foi levada ao Ministério do Interior onde teve seus dois braços quebrados após tortura e abusos sexuais por parte da polícia.

Mona Eltahawy participou ativamente dos confrontos entre manifestantes e forças nacionais, e sem dúvida o uso profissional das redes sociais por parte dessa grande comunicadora é notável.

Após recuperar-se da violência sofrida, Mona continuou usar  o Twitter para relatar tudo que estava acontecendo durante a Revolução no Egito também denominada de Revolução de Lótus. A voz da jornalista ganhou ainda mais poder nas duas ultimas semanas de dezembro de 2010, quando os egípicios voltaram as ruas reivindicando um governo civil.
Hoje @monaeltahawy é seguida no Twitter por 287 mil usuários e no seu perfil do Instagram tem 4,2  mil seguidores.

Embora algumas nações tenham avançado em direitos humanos, redução da corrupção, liberdade de expressão e melhora nas condições de vida, como a Tunísia, muitas ainda enfrentam instabilidade política e seguem lutando por seus direitos políticos e sociais.

Por conta do crescente uso das redes sociais pelos árabes nos países em revolução, muitos governos intensificaram o bloqueio e as restrições às ferramentas para que evitar que as revoltas se fortaleçam.

Primavera Árabe e o poder das Midias Sociais

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